Compositor: Antonio Carlos Romano / Ricardo Horacio Iorio
Desvendar o paradoxo que modelou nossa vidas
Parece ser causa perdida
Ninguém acredita em deter o motor que contamina
O ar que diariamente respira e que respirou ontem
E talvez amanhã, não sei
Por isso hoje, pensando nisto
A madrugada passou e deixou outro dia para ser
Ser guardiões ou vigias de todo o mel
Que guarda em toda colmeia o sujo poder
Predador, ecologista, pobre ou Grande Senhor
De droga dependente, doutor ou paciente
Misturado no montão
Vender, comprar, comer, cagar, morrer, nascer
Sofrer, curtir, odiar, amar, ser ou não ser
Culpado, inocente, vagabundo ou juiz
Ou quem, só com sua rubrica, decreta a lei
Pronuclearesinformistas, moldam a situação
Mais tecnologia por mais energia
Vazamentos radioativos do progresso
Vender, comprar, comer, cagar, morrer, nascer
Sofrer, curtir, odiar, amar, ser ou não ser
Derramamentos de combustível, extermínio florestal
O motor contaminante não se deterá
Para ser, há outro dia, no planeta inferior
Como qualquer dia
Como todo dia
Com ou sem minha reflexão